Estar endividado não é sinônimo de fracasso.
Acontece com muita gente, e na maioria das vezes, não é por falta de esforço, mas por imprevistos, falta de planejamento ou mesmo pela dificuldade de lidar com o dinheiro.
A boa notícia é: é possível sair das dívidas, mesmo ganhando pouco. Basta ter foco, organização e dar o primeiro passo.
Encare a realidade: saiba o tamanho do problema
O primeiro passo é ter clareza sobre a situação. Reúna todas as dívidas, de cartão de crédito a empréstimos, contas atrasadas e financiamentos.
Liste os valores, juros, credores e prazos. Saber exatamente quanto se deve é fundamental para traçar uma estratégia.
Organize sua renda e seus gastos fixos
Mesmo com uma renda baixa, é possível ter controle. Monte um orçamento simples:
- Quanto entra por mês (salário, bicos, pensão);
- Quais são os gastos fixos (aluguel, luz, água, alimentação);
- Quais são os gastos que podem ser reduzidos ou eliminados.
Com esses dados, você verá quanto sobra — e quanto pode ser destinado para negociar as dívidas.
Corte os excessos com inteligência
Identifique despesas que podem ser cortadas temporariamente.
Assinaturas que não são essenciais, delivery, roupas novas, itens por impulso.
Lembre-se: é um momento de sacrifício por um objetivo maior.
Economizar R$ 50 ou R$ 100 por mês pode parecer pouco, mas faz diferença ao longo dos meses.
Negocie suas dívidas: mostre que quer pagar
Procure os credores. Muitos oferecem renegociações, descontos para pagamento à vista ou parcelamentos com entrada reduzida.
Utilize canais como Serasa Limpa Nome, portais de bancos ou vá pessoalmente às agências.
Tenha sempre em mente: prometa apenas o que você realmente consegue pagar.
É melhor um parcelamento menor e seguro do que um acordo que vai te desequilibrar novamente.
Priorize dívidas com juros mais altos
Cartão de crédito e cheque especial são os campeões de juros.
Se possível, concentre os esforços primeiro para quitar essas dívidas.
Em seguida, vá reorganizando as demais.
Se tiver acesso a um empréstimo com juros mais baixos, pode ser interessante usá-lo para quitar dívidas caras — mas atenção: só vale a pena se as parcelas realmente couberem no seu bolso.
Evite novas dívidas durante o processo
Esse é um ponto-chave. Enquanto estiver organizando sua vida financeira, evite fazer novas dívidas.
Isso inclui parcelamentos, compras no crédito, financiamentos e até pedidos de empréstimo informal.
Foco total em limpar o que já está pendente.
Depois, com as finanças equilibradas, será mais fácil fazer escolhas melhores.
Crie uma reserva de emergência, mesmo que pequena
Sim, mesmo ganhando pouco, é possível guardar algo. R$ 10 por semana, R$ 20 por mês.
O importante é começar. Ter uma reserva te protege de novos imprevistos e evita que você volte a se endividar por qualquer emergência.
Pode usar um cofrinho, uma poupança separada ou aplicativos gratuitos de controle financeiro.
Busque renda extra (se possível)
Se sobrar um tempo, pense em formas de aumentar sua renda.
Vendas de doces, roupas, artesanato, revenda de produtos, serviços simples como passar roupa ou cuidar de pets — qualquer valor extra ajuda no processo de quitação das dívidas.
A renda extra pode ser destinada exclusivamente para pagar dívidas ou iniciar a reserva de emergência.
Eduque-se financeiramente: conhecimento é liberdade
Aproveite conteúdos gratuitos na internet: vídeos, podcasts, cursos, artigos.
Quanto mais você aprende sobre finanças pessoais, mais ferramentas terá para evitar novos erros.
Aprender a fazer um orçamento, entender o que são juros, planejar compras e investimentos — tudo isso faz parte do seu crescimento.
Comemore cada pequena vitória
Quitar a primeira dívida, conseguir guardar dinheiro pela primeira vez, manter o orçamento por um mês inteiro… comemore!
Esses pequenos marcos mostram que você está no caminho certo.
A jornada não será fácil, mas cada passo importa. E sim, mesmo ganhando pouco, você pode sair das dívidas.
Conclusão: organização é a chave da virada
Sair das dívidas exige esforço, mas é totalmente possível. O segredo está na disciplina, na organização e na vontade de mudar.
Comece com o que você tem, faça o melhor que pode e não desanime.
Com foco e paciência, você vai conquistar sua liberdade financeira — e mostrar que, sim, é possível recomeçar e viver com mais tranquilidade, mesmo com pouco dinheiro.