5 erros que você não pode cometer na hora de renegociar dívidas são armadilhas comuns que atrapalham quem tenta sair do vermelho.
Saber o que evitar é essencial para ter sucesso.
Negociar dívidas vai além de falar com o credor.
É preciso planejamento, consciência e estratégia. Vamos direto ao ponto: veja os erros e como evitá-los.
1. Renegociar sem entender sua situação financeira
Antes de qualquer coisa, olhe para dentro da sua própria realidade.
Muitas pessoas cometem o erro de correr para renegociar sem sequer saber por que ficaram endividadas.
O endividamento é apenas o sintoma. É preciso entender a causa.
Liste todos os seus gastos, inclusive os pequenos.
Anote o que é essencial e o que pode ser cortado ou reduzido.
Com isso, você entenderá quais hábitos de consumo precisam mudar.
Acompanhar os gastos diariamente ajuda a identificar desperdícios.
Por exemplo: será que você precisa mesmo de três serviços de streaming? Pequenas escolhas podem fazer grande diferença.
Após esse diagnóstico, descubra quanto você consegue poupar por mês.
Esse valor é fundamental para planejar a renegociação de dívidas com realismo.
2. Ignorar a reserva de emergência
Outro erro comum ao renegociar é comprometer toda a poupança mensal com a nova dívida.
Isso é perigoso e pode te levar novamente ao endividamento.
O ideal é dividir: 50% da quantia poupada vai para pagar a dívida, os outros 50% vão para a reserva de emergência.
Assim, em caso de imprevisto, você não compromete a negociação.
Vamos a um exemplo. Suponha que, após revisar suas contas, você descobre que pode guardar R$ 400 por mês.
Destine R$ 200 para a renegociação de dívidas e R$ 200 para montar sua reserva.
Isso dá segurança e evita que você volte à estaca zero por causa de uma despesa inesperada, como um conserto no carro ou uma consulta médica.
3. Priorizar a dívida errada
Quando se tem várias dívidas, é comum querer “pagar qualquer uma” para diminuir a ansiedade. Mas esse é um erro estratégico.
Organize suas dívidas em uma planilha simples. Anote:
- Nome do credor
- Valor total da dívida
- Data em que você parou de pagar
- Taxa de juros
- Custo Efetivo Total (CET)
Com essas informações, defina prioridades.
Comece pelas contas essenciais: água, luz e aluguel.
Depois, parta para financiamentos de bens. Por fim, dívidas com altas taxas, como cartões de crédito e cheque especial.
Se for possível, negocie a unificação das dívidas com um único credor, trocando várias taxas altas por uma taxa menor e prazos maiores.
4. Aceitar a primeira proposta sem negociação
Pressionado por ligações e cobranças, muitos consumidores acabam aceitando qualquer proposta.
Calma! Você tem o direito de analisar e negociar.
Antes de aceitar, saiba exatamente quanto você devia quando deixou de pagar.
Com esse valor corrigido pela taxa básica de juros (SELIC), você consegue ter uma ideia do quanto seria justo pagar hoje.
E lembre-se: se você tiver condição de pagar à vista, os descontos podem ser enormes.
Em feirões de renegociação de dívidas, é comum encontrar abatimentos de até 95%!
Não tenha medo de dizer não a uma proposta ruim.
Pergunte sobre redução de juros, exclusão de multas e possibilidade de pagamento parcelado com desconto.
5. Desconhecer seus direitos como consumidor
Você sabia que ninguém pode negativar seu nome sem aviso prévio? Pois é.
Antes de inserir seu nome nos órgãos de proteção ao crédito, o credor é obrigado a te notificar.
Cobranças também precisam seguir regras.
Elas não podem ser abusivas nem feitas em horários inadequados. Seu direito ao sossego deve ser respeitado.
Se você renegociar uma dívida e pagar a primeira parcela, seu nome deve ser retirado dos cadastros de inadimplentes em até cinco dias úteis.
Isso está previsto no Código de Defesa do Consumidor.
Conhecer esses direitos evita abusos e te dá mais segurança para negociar com firmeza.
Hora de virar o jogo financeiro
Evitar os 5 erros que você não pode cometer na hora de renegociar dívidas é o primeiro passo para sair do sufoco e voltar a dormir tranquilo.
Entenda sua situação, mantenha uma reserva, priorize dívidas com inteligência, negocie com calma e saiba seus direitos.
Com essas atitudes, você deixa de ser refém das dívidas e retoma o controle do seu dinheiro.
A educação financeira é o caminho. E o momento de começar é agora.